Com alta capacidade de movimentação e operação integrada à Malha Central, o Terminal Multimodal da Rumo consolida Rio Verde como referência logística do agronegócio nacional.
Fonte: Rio Verde Rural
O Terminal Multimodal da Rumo em Rio Verde (GO) se firmou, nos últimos quatro anos, como peça-chave na logística agroexportadora do Brasil. Inaugurado em 2021, o terminal opera 24 horas por dia, sete dias por semana, e já movimenta cerca de 6 milhões de toneladas anuais de produtos, com expectativa de atingir entre 7 e 8 milhões de toneladas em 2025. A estrutura é parte fundamental da Malha Central, ferrovia operada pela Rumo Logística, que conecta o coração do agronegócio no Centro-Oeste ao Porto de Santos (SP), o principal hub de exportação de commodities da América do Sul.
De acordo com João Marcelo, diretor de Terminais da Rumo, o terminal de Rio Verde é hoje um exemplo de eficiência logística. “Operamos comboios com 135 vagões, que são carregados em cerca de oito horas. Despachamos, em média, dois comboios por dia com destino ao Porto de Santos, garantindo previsibilidade ao escoamento da safra”, afirmou.
O terminal atende especialmente aos segmentos de grãos — soja, milho e farelo de soja — com foco na exportação. Possui capacidade instalada para movimentar até 11 milhões de toneladas por ano, abastecendo o sudoeste goiano e, ocasionalmente, o leste do Mato Grosso. A operação é estrategicamente integrada ao agronegócio, especialmente durante a safra, como ocorre neste momento em que cerca de 50% da colheita de milho já foi concluída na região.
Além do envio de grãos ao litoral, a Rumo também otimiza o fluxo logístico no sentido inverso: os trens que descem com grãos retornam carregados com fertilizantes, fruto de uma parceria com a empresa Andali, que possui uma planta instalada no próprio terminal. Essa operação inversa permite o transporte de até 3,5 milhões de toneladas anuais de fertilizantes, contribuindo para abastecer os produtores locais e fechar o ciclo da produção agrícola com eficiência.
A presença da Rumo em Rio Verde não se limita à logística. Segundo João Marcelo, a empresa mantém uma relação sólida com a prefeitura e órgãos locais desde a implantação da unidade. O terminal gera impacto direto na economia do município, promovendo empregos, renda e movimentando uma cadeia de serviços relacionados à logística e à agricultura.
Rio Verde, que hoje é o maior exportador de Goiás e o segundo maior produtor de soja do país, vivencia um verdadeiro boom econômico, impulsionado pela força do agronegócio e pela eficiência do transporte ferroviário. “A cada safra, reafirmamos a importância dessa estrutura. A estimativa de 33 milhões de toneladas no estado neste ano só reforça nosso papel estratégico”, destaca o diretor da Rumo.
O modelo de operação integrado, eficiente e com foco em sustentabilidade logística faz parte da estratégia de expansão da empresa. Embora ainda não haja anúncio oficial, a Rumo avalia constantemente oportunidades de ampliação da capacidade e da atuação do terminal de Rio Verde, visando acompanhar o crescimento da produção agrícola e oferecer ainda mais suporte à economia regional.
A conexão do terminal de Rio Verde à Malha Central — concessão da Rumo — é fundamental para a competitividade do agronegócio brasileiro. Ao se ligar à Malha Paulista e ao Porto de Santos, cria-se um corredor logístico eficiente, reduzindo custos em comparação com o transporte rodoviário, historicamente mais oneroso e suscetível a gargalos.
Mais do que apenas escoar produção, essa integração ferroviária representa um salto na conectividade econômica do país, ligando os polos de produção agrícola do Centro-Oeste aos centros de consumo e exportação. A aposta na ferrovia também atrai novos investimentos e amplia a presença de Goiás no cenário econômico nacional.
A atuação da Rumo em Rio Verde é hoje um exemplo de como infraestrutura, tecnologia e planejamento podem transformar uma região em referência nacional de eficiência logística. Para os próximos anos, a combinação entre o crescimento da produção agrícola, o investimento contínuo em infraestrutura e o fortalecimento das parcerias locais promete manter Rio Verde no centro do mapa logístico do Brasil.